Beldades,
minissaias, escadas e outras observações pertinentes sobre a
presença iluminada das mulheres no campus da UFV
Nunca em minha vida
encontrei uma densidade tão grande de flores bonitas por metro
quadrado quanto as que vejo na universidade. Este fato rendeu boas
histórias, muitas delas inclusive dignas de serem censuradas.
Inclusive algumas que poucos, ou ninguém, sabe.
Gosto muito de lembrar
do verão do início do curso. O conhecimento, a superação, o bom
rendimento acadêmico... não eram estas as únicas razões para
tomar café as 6 e meia da manhã no RU. Eu e meu grande amigo
Lúcifer nos colocávamos estrategicamente de frente para a escada da
biblioteca logo cedo e, lance após lance de escada, dentre as
diversas subidas e descidas, nos divertíamos diante daquele campo
florido, repleto das mais variadas flores. Todas as cores, tamanhos,
perfumes se faziam presentes... Existiam aquelas que chamavam a
atenção pela perfeição de suas curvas. Pétalas superiores
extremamente avantajadas e arredondadas, formando um belo conjunto
com as pétalas inferiores, de mesma grandiosidade. Havia aquelas que
eram belas por serem singularmente singelas. Pequenos bibelôs que
cabiam na palma das mãos. Tenho boas recordações também das mais
exóticas. Aquelas cuja beleza estava presente de maneiras
diferenciadas. Umas escolhiam conquistar por meio de seu charme e,
não importando muito a aparência, conquistavam sem muitos esforços.
E é interessante como
cada uma destas flores nos marcam de maneiras diferentes. A memória
é um instrumento de sobrevivência interessante. As rosas por
exemplo, cujo perfume é encantador, nos conquista de diversas
formas. O olfato não é apenas o único charme. As datas que as
avistamos pela primeira vez, a primeira vez que seu aroma assanhou
nossas narinas, a vez que suportamos os espinhos rasgando nossa
pele... a dor não importa.
Os dias, as músicas e
os outros marcos que a nossa cabeça registra servem de marcos que
são acessados como índices de sentimentos. Aguardo novos índices
durante esta estadia.
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