quarta-feira, outubro 19, 2011

Estou muito emocionado com a data de hoje. Me lembro perfeitamente daquela noite no laboratório da Caixa, onde diversas vezes o Bunitão nos recebeu com seu tradicional bordão ("próóximo"), noite na qual executou-se a ideia de sistematizar um espaço comum onde pudéssemos nos expressar e principalmente nos divertir. Ouvindo Celebration Day, do Led Zeppelin, volto no tempo pra celebrar a alegria de ser Panela. Nas festas ou nas aulas, na reta ou nos congressos, nas brigas ou nos casamentos, somos um só espírito de amizade e parceria. Formamos um elo que nem a distancia pode romper. Que nossa amizade seja eterna. Obrigado por tudo meus irmãos. 

2007
2009
2011

                                                                           




Aproveito pra postar um vídeo que acabei de assistir e achei que cabe muito bem ao espírito da Panela: "Esqueça o filtro solar e acredite no conhecimento".
Abraços panelísticos!



5 Anos dessa BUDEGA


Hoje essa mardita forma de comunicação coletiva, que só eu uso em 90% dos casos, completa 5 anos. Comemoremos esta longevidade e reflitamos o quanto modificamos nossa maneira de viver o mundo neste tempo. Reproduzo abaixo a primeira postagem, para variar minha, neste blog sórdido. Leiam e pensem em como alguns velhos hábitos, já abandonados em nosso presente, podem ser muito uteis ainda hoje.


"Quinta-feira, Outubro 19, 2006

Este não é qualquer blog. Este é um blog fruto de uma grande amizade. Uma amizade que rompeu as barreiras da ideologia pessoal de cada um dos seus integrantes. Uma amizade que foi capaz de unir elementos com filosofias de vida tão contrastantes que tinham tudo para torná-los antagonistas. Mas, Deus, do alto de sua incalculável sabedoria uniu-os. Talvez por perceber que o atrito entre eles causaria o fim da humanidade. Sábia escolha divina. Sábia escolha humana que percebendo os sinais do santíssimo foi capaz de seguir o caminho certo.

Pesquisadores de gabinete, mercenários da pesquisa acadêmica, pedreiros, "iberoloucos", calvos, barbudos, magros e gordos, evangélicos, católicos e deistas, hipócritas, "mindingos", pequenos e grandes, liberais, da esquerda e eleitores do Lula, baichareis e licênciados, negros, índios e cafusos.
Fazemos parte do mesmo grupo.
Somos uma única panela."

terça-feira, outubro 18, 2011

Panela Cinéfila

Estávamos em pleno mar. Boiando longe de nossa família, buscando um norte que as vezes aparecia muito nublado e distante ao fundo. Algumas atividades no ajudaram a atravessar mares intempestivos. E, durante algumas horas, nos levaram a outros tempos e lugares. O cinema foi um dos grandes momentos de escape, ou de imersão dentro de outras realidades.

Havia aqueles que se interessavam por filmes que foram feitos pra ser estranhos. Estórias sem pé nem cabeça, que cambaleavam entre roteiros infantis e arte abstrata. Outros de nós ligavam sua atenção perante obras plásticas de ação, desenhos com idéias altamente profundas e comédias de teor complexo. Estes claramente tinham um "gosto" [como diria o provérbio popular: "gosto é como braços, nem todo mundo tem"], ou o que poderíamos chamar de gosto. 

Outros porém, mas tendenciosos, escolhiam filmes como se escolhessem um belo prato repolho cozido. Todos sabemos o efeito que isso provoca. De início é um banquete [pra quem gosta], mas depois torna-se um incômodo de proporções explosivas. Péssima comparação, não tem nada de semelhante com o gosto deles por filmes. Pensei agora e achei interessante. O gosto deles estava mais para o tradicional. Filmes históricos, filmes religiosos, comédias românticas com finais tradicionais. Era como se escolhessem os filmes como gordinhos escolhem uma roupa. Mesmo que ela não sirva, ainda assim espero que no futuro eu caiba nela. Ou ainda como um vampiro escolhe sua vítima. Não importa o pescoço, nem que tipo de sangue, desde que mate minha sede. Estas comparações não servem de nada. O nome da postagem deveria ser "Comparações Toscas". 

Desafio aceito!!!

segunda-feira, outubro 17, 2011


Sobre o atraso de vida que é acompanhar delirantemente o futebol, ou 10 sintomas da “Síndrome do Torcedor Aborrecido”

Todo mundo conhece aqueles pés-no-s@c* que costumam viver ensandecidamente para alguma coisa. Aliás, todo mundo costuma carregar na importância daquilo que ele acha que é o motivo da sua vida. Várias pessoas apontam como motivo uma vida monótona, sem muitas aventuras, ou seja, a vida de um homo sapiens de idade avançada com problemas para segurar a urina em sua bexiga e que deixa o rastro de mijo pelo caminho. Nada contra as pessoas idosas. Acho inclusive que devemos muito a elas. O respeito ao que já fizeram e ao conhecimento que detém, historias de vida e a vivência de situações que nem sonhamos que aconteça... coisas que nós jovens nem sequer somos capazes de imaginar, pois somos, em nossa maioria desprovido de imaginação. Enfim, voltando aos trilhos, glorifico os idosos, mas detesto aqueles que antecipam os sintomas da idade avançada por meio de opiniões ultrapassadas e desprovidas de vivência que as habilite para isso. Esse é o verdadeiro motivo daqueles que tendo um passatempo o torna uma coisa incômoda para as pessoas que o cercam. Não falo de jogar damas, o bom e velho carteado, muito menos a bocha, ou ainda a tão criminalizada, mas a meu ver tão louvável fofoca. Falo dos “torcedores de futebol profissionais”. Tentar saber tudo sobre seu time, ou ainda segui-lo como um bom fã, nada contra. Agora, se ao olhar para o espelho e perceber algumas destas características, as características da “Síndrome do Torcedor Aborrecido”, não procure um médico, procure sua vergonha na cara, leve seu desconfiômetro para ser calibrado em uma loja de humildade e, principalmente, busque ajuda com os seus amigos que, sem sombra de dúvida, sentem-se incomodados com a sua presença pouco amistosa.

1 – Está vestindo a camisa do seu time depois da derrota, ou mesmo naqueles dias que a temporada ainda nem começou? Cuidado, é o primeiro e menos agressivo dos sintomas.
2 – Conta as camisas dos outros times na rua. Mesmo que não se tratem de adversários regionais, ou mesmo que você esteja lá embaixo da tabela e eles lá em cima. Perde tempo com isso? Eu perco só se me render uma piada que pelo menos faça apenas eu me divertir.
3 – Ridiculamente sua torcida entra no estádio e xinga, com palavreado de baixo calão, a torcida regional, sua maior adversária, mesmo que não seja ela o adversário do dia. Se você achar tudo isso muito lindo sua mãe não deve ter te educado direito. Aliás, ele obviamente te educou direito, você que é uma mula que não aprende.
4 – Vamos para o estádio. É lá que vale a pena assistir um jogo de futebol. Aquelas cadeiras de plástico são confortáveis, a comida é boa e barata, a cerveja sem álcool muito melhor que a normal, torcida organizada é uma fonte de simpatia, o ângulo que vejo o jogo, sempre o mesmo, me satisfaz enormemente... Acho que não preciso dizer mais nada.
5 – Assiste o jogo em bares onde só tem minha torcida. Outro ambiente desagradável: Cerveja cara, gritos ensurdecedores, catinga de macho, e ainda te cobram pela maldita TV de gigante de tela plana que, pela distância, perde até pra 15 polegadas aqui da sala.
6 – Abdicação de outros prazeres da vida. Tipo a esposa, os filhos, a namorada, os amigos que torcem para outros times, ou até mesmo seu cachorrinho de estimação. Babaquice com todo mundo, inclusive com o Totó.
7 – Filiação em um daqueles grupos animadíssimos e pacatos chamados Torcidas Organizadas. Existem algumas que de fato cumprem um papel interessante ao defender boas práticas entre seus integrantes, como a Flamanguaça. Agora pela minha experiência pessoal, torcida organizada só serve para torrar a paciência das famílias que vão ao estádio, das pessoas que moram nas cercanias, e combinarem verdadeiras lutas campais.
8 – Sabe a escalação do seu time, mas não sabe o nome do ator que faz aquele moleque sentado na cadeira do barbeiro (Edie Murph) quando o príncipe africano (Edie Murph) entra na barbearia pela primeira vez em “Um Príncipe em Nova York? Sitando aquela desiludida adolescente: “Puta falta de sacanagem.”
9 – Tem mais quadros comemorativos, lembrancinhas infantis, faixas com escritas como “Eu vou para Dubai, ou ainda bandanas com os mesmos dizeres, em número maior do que fotos de sua família em seu quarto? Menino feio. Assim a mamãe vai puxar sua orelha.
10 – Teorias toscas de conspiração. Aquele que considero o mais grave de todos os sintomas. Por exemplo a boa e velha culpa da TV aberta pelo tamanho das torcidas, ou a cisma com a arbitragem, ou a presença de Ets da cor de times adversários em sua cidade, ou ainda a eterna gerra santa contra torcedores de times de fora do estado em que nasceram. Um mineiro não pode, nesta concepção ilógica torcer pelo Mengão, ou pelo Fogão... É falta de patriotismo. Sejamos sinceros, [essa piada não é minha] os times de nosso digníssimo estado deveriam ir para o Chile. Lá eles se mostraram muito eficientes em tirar mineiros do buraco.

Enfim, se você tem um amigo, mas um amigo mesmo, não aqueles que merecem distância, e acha que ele desenvolveu a “Síndrome do Torcedor Aborrecido” peça que ele procure ajuda.

terça-feira, outubro 11, 2011


Repúblicas, Alojamento, Casa de Mamãe e do Papai

Todos nós, uma hora ou outra, tiveram que passar pela mudança de sair de debaixo das saias de nossas mães e enfrentar a vida relativamente por nossa conta. Uns demoraram bem mais do que outros, são os sortudos, enquanto que outros nem bem terminaram o segundo gral e já estavam vivendo uma vida muito diferente daquela repleta de cafés da manhã regados a achocolatados dissolvidos por mãos maternais, acompanhados de puro carinho e abraços paternos. Tínhamos aquelas conversas meio sem sentido e umas outras mais sérias com relação a responsabilidade, ou falta dela. Éramos adolescentes e a vida adulta, mais cedo ou mais tarde iria bater a porta de nossas casas, nos arrancaria de lá e mostraria que o mundo não era feito apenas dos docinhos de nossas tias e dos presentes da vovó.

E esse rompante de fim da juvenilidade vem a todo vapor. Para alguns pobres – não se trata de força de expressão, alguns como eu são miseráveis mesmo – a agressividade da transição assusta. Imagine-se longe de casa, com perspectivas de continuar assim ainda por muito tempo, e encontrar-se rodeado por tipos desprezíveis. Eu sei, não tenham inveja, mas nem todo mundo tem a sorte de ter parte de sua personalidade forjada a ferro e fogo. Acontecimentos futuros demonstraram que a paciência e jogo de cintura e, principalmente, a perspectiva da análise política das situações cotidianas, coisas adquiridas em três anos imersos em uma terra insólita, foram muito úteis não só como ferramentas de sobrevivência, mas também como estratégias de manipulação de situações e pessoas. Permitiram que coisas que não deveriam ser ditas fossem ditas e coisas que não deveriam ser feitas realizadas. O mais importante é que tudo retornava no estado anterior sem muito esforço.

Em algumas situações mais abonadas a transição foi mais amena, mas não não menos agressiva. Passar a viver com pessoas que você nunca viu na vida, de uma hora para outra, é como mudar para outro planeta. Tem aquele povo que acha que biscoito é bolacha, que água sanitária é cândida, e mais estranho ainda: hambúrguer e cachorro quente serve de almoço e jantar. Porta não é porta mais, é porrlta, corda é corrlda, e Luiz Fernando é Luiz Ferrlnando. Mas ainda aparecem outros sotaques mais exóticos como o da terra dos criadores de saci. Esse eu nem faço ideia de como reproduzir. Ou ainda o português oriundo daquela terra sem lei do centro oeste de minas, onde o clã dos Moura faz questão de pronunciar o português arcaico, como os colonizadores o falavam a centenas de anos. Se Marx disse, no seu tempo, que a melhor maneira para entender o período medieval era voltar os olhos para a ásia, hoje em dia a melhor maneira para compreender o Brasil arcaico é nos voltando para cidades que tem uma única rua nesse sertão mineiro.

Agora imaginem toda essa gente unida. Os filhinhos da mamãe, os criados pela vovó, as filhas caçulas, os roqueiros cuja cabeleira restou apenas em fotos desbotadas, os futuros chefes de família, os ex-gordinhos, as ex-pintoras reconhecidas regionalmente na infância, os poetas de versos adolescentes... Todo mundo compondo um céu completamente novo, onde cada astro contempla todo o resto de uma perspectiva diferente. Somos nós, e ainda assim pra maioria das pessoas não somos ninguém.

Beldades, minissaias, escadas e outras observações pertinentes sobre a presença iluminada das mulheres no campus da UFV


Nunca em minha vida encontrei uma densidade tão grande de flores bonitas por metro quadrado quanto as que vejo na universidade. Este fato rendeu boas histórias, muitas delas inclusive dignas de serem censuradas. Inclusive algumas que poucos, ou ninguém, sabe.

Gosto muito de lembrar do verão do início do curso. O conhecimento, a superação, o bom rendimento acadêmico... não eram estas as únicas razões para tomar café as 6 e meia da manhã no RU. Eu e meu grande amigo Lúcifer nos colocávamos estrategicamente de frente para a escada da biblioteca logo cedo e, lance após lance de escada, dentre as diversas subidas e descidas, nos divertíamos diante daquele campo florido, repleto das mais variadas flores. Todas as cores, tamanhos, perfumes se faziam presentes... Existiam aquelas que chamavam a atenção pela perfeição de suas curvas. Pétalas superiores extremamente avantajadas e arredondadas, formando um belo conjunto com as pétalas inferiores, de mesma grandiosidade. Havia aquelas que eram belas por serem singularmente singelas. Pequenos bibelôs que cabiam na palma das mãos. Tenho boas recordações também das mais exóticas. Aquelas cuja beleza estava presente de maneiras diferenciadas. Umas escolhiam conquistar por meio de seu charme e, não importando muito a aparência, conquistavam sem muitos esforços.

E é interessante como cada uma destas flores nos marcam de maneiras diferentes. A memória é um instrumento de sobrevivência interessante. As rosas por exemplo, cujo perfume é encantador, nos conquista de diversas formas. O olfato não é apenas o único charme. As datas que as avistamos pela primeira vez, a primeira vez que seu aroma assanhou nossas narinas, a vez que suportamos os espinhos rasgando nossa pele... a dor não importa.

Os dias, as músicas e os outros marcos que a nossa cabeça registra servem de marcos que são acessados como índices de sentimentos. Aguardo novos índices durante esta estadia.

Eternamente Jovem

Os anos passam
E o tempo deixa sua marca
Profundamente no corpo e na alma
Sem deixar pra trás nada sem sua marca

E o que diria o senhor tempo
Se um dia fosse indagado
A respeito de seu poder?

Agiria de desavisado
Visto que acumula sabedoria
Desde o início dos tempos
Numa época que ele passava bem devagar

E aos poucos a vida acelerou
E acelerou grandiosamente
À medida que a humanidade se desenvolveu
Já não nos locomovíamos em quatro patas
Aos poucos nos erguemos
E vieram as comunidades
As culturas complexas
E até as guerras

Tudo cada vez mais dinâmico
Mais corrido...
E o tempo?
O tempo continua o mesmo
Uma hora ainda são sessenta minutos
Um minuto sessenta segundos...

Devido a essas e outras
Que o tempo não responde por seus atos
E deveríamos ligar menos para ele também
Afinal, somos insignificante perto de sua grandeza
Pensemos apenas na fatia que nos compete
E sejamos eternamente jovens como o tempo.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Finais de Semana Filosóficos


Os finais de semana dos universitários são cercados de atividades intelectuais. Desde o inicio do sábado nossa atmosfera gira em torno da filosofia. Consumimos o final de semana todo a filosofia em suas diversas formas: fermentada, destilada e, até em atitude pluridisciplinar, misturada com outros tipos de conhecimento. E assim, pai desavisado que acha que seu filho perde tempo se entorpecendo de formas bizarras, repense seus conceitos. Não é atoa que quando alguém abre seu coração em prol de um pensamento puro e regado a ilustração o classificam como sendo um "filósofo de buteco". Pobres ignorantes, trata-se da mais sábia e desprendida manifestação de sabedoria que pode existir.
Bebedeiras Históricas

Quantos de nós não sofreram com alguns amigos tomados pelo poder do álcool? Quantos de nós mesmos já não se entregaram aos prazeres intensos do consumo descontrolado de cerveja, vodca, cachaça... mais uma vez falta-me assunto. Wittigentein: "Quando não se pode dizer nada, melhor calar-se."
Nunca prometi qualidade, nem dei qualidade, nestas coisas soltas que escrevo aqui. O tema de hoje é:

Não tem tema.

To afim de jogar conversa fora. Vamos falar de algo sem nenhuma importância. Vamos falar do chulé. O que é? como surge? Como acabar com ele?

Chulé é algo que quase todos escondemos em nós. É uma vergonha cultivada a muito suor, sujeira e outras coisas que não damos importância. Não pode ser detectado debaixo de um belo sapato italiano, ou num tênis de marca. É como a hipocrisia. Não importa a classe social, nem o nível de escolaridade, o que interessa é que, sendo ou não uma pessoa boa, ou limpa, uma hora ou outra da vida ele sempre aparece. A minha proposta é que o assumamos. Arranquemos em público nossos sapatos e libertemos o que está preso. Podemos fazer uma analogia os pequenos defeitos que temos vergonhas.

Pensemos em nossos defeitos. Eles nos tornam únicos.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Pra variar estava com a postagem pronta e era só colocar aqui. Mas a m$d# do meu pendrive deu pau por conta de um vírus. Contentem-se com o que for escrito nestes quinze minutos. Ou contente-se, porque aparentemente só o Luiz lê o que escrevo. Então seu Lúcifer, este texto é para você.

Outra característica marcante dessa vida universitária é a famosa RETA. Quantas coisas essa avenida tortuosa já não presenciou? Muita merda com certeza. Ela praticamente se configura como uma região onde realizamos o ritual de passagem para sermos inseridos na universidade, ou retornarmos à cidade.

Cada passo, cada respiração ofegante em meio ao sol do meio dia... estas sensações são indescritíveis pra quem não tem essa criação urbanística de peso. Ao entrarmos à esquerda temos a bela lagoa. Em dias de glória um belo espelho d´água, em dias de calor, uma lama verde, com uma catinga dos infernos. Mas este é um mal que atinge até as beldades que circulam pela área. Pensem nelas naqueles momentos críticos do mês onde o diabo corre de suas ofensas?

Gosto dos auges de felicidade. No verão... época de benesses para as almas tropicais. Geralmente quanto maior a temperatura, menores as vestimentas, maiores as alegrias no mundo da imaginação. Irritantemente apenas na imaginação.

Acabou o espediente... hora de ir pra casa. amanhã vejo se consigo o relato referente as flores do jardim da biblioteca. Não são flores... hehehehehe...

quarta-feira, outubro 05, 2011

O episódio da “FESTA DO CARBOIDRATO”

Era uma vez, numa galáxia muito muito distante... carboidrato

Duas garotas com vontade de realizar festas badaladas. Queriam que seus nomes fossem ligados aos movimentos de consumo de bebidas alcoólicas, curtição e outras adjacências mais. Como primeira empreitada pensaram: “Por que não cachorro quente?” Todo mundo gosta de cachorro quente. Eu gosto de cachorro quente. Mas nem sempre essa é uma boa escolha para a “agitação”. Chamaram várias pessoas. Lembro-me ainda hoje como uma delas rabiscou no verso de um texto o mapa de como chegar na casa das duas. Era ao final do balaustre – nem sabia o que diabos era esse tal de balaustre – em cima de um supermercado. Atravessei Viçosa esperando algum consumo exagerado de cerveja e, quem sabe algumas coisas mais que a vida universitária é capaz de oferecer.

Peço desculpas as pessoas que estavam presentes neste evento, mas não lembro da presença de quase ninguém. Acho que é porque uma meia dúzia de gatos pingados apareceu por lá. E a exitante programação era: cachorro quente. Quem diabos já na universidade inventa de fazer cachorro quente numa república e chamar isso de festa? A quantidade de pães e salsichas superava, e muito, as necessidades dos presentes. Havia uma disparidade grande entre a quantidade de homens e mulheres. As duas únicas representantes do sexo feminino eram as anfitriãs. O ambiente cheirava a cueca, loção pós-barba e carne processada e temperada excessivamente com sal. Ninguém ficou bêbado. E cada um dos presentes teve que consumir uma cota mínima de 5 pães com salsicha. Ainda hoje lembro do terror psicológico perpetrado pelas garotas. Ou comíamos, ou tínhamos a impressão de que a coisa ia ficar feia pro nosso lado. Tornou-se uma questão de honra para as duas que toda a obra culinária de qualidade duvidosa fosse consumida naquela noite. Toda conversa terminava com a mesma frase.

Nele mesmo esse acontecimento nem é tão fantástico. Agora, ao avançarmos no tempo, percebemos o quanto as coisas mudam. Depois desta, mais de uma dezena de vezes ocorreram reuniões na casa das duas beldades. Como todo mundo sabe, as coisas ocorreram de forma bem diferente. Compareci em quase todas as outras ocasiões. Lembro inclusive de um amigo me indagando o por que de ficar indo na casa “dessas meninas”. Hoje ele também é amigo delas.

Como estudantes de histórias acumulamos muitas memórias. Essa é uma das quais guardo com maior carinho. Foi a primeira vez depois de botar os pés em Viçosa que alguém me chamou para uma festa. Muito diferente do que possa parecer gostei da experiência. Qualquer coisa que acontecesse já seria novidade o bastante pra que eu não esquecesse.