quinta-feira, agosto 26, 2010


Tempos idos que não voltam. Boas lembranças. Memórias de um passado, semente do que somos hoje. Muita coisa mudou. Muita. Mudamos de ideias, de namoradas, de gosto musical, de cidades, de visual. Não, de opção sexual não. Nos formamos, começamos mestrados, entramos no mercado de trabalho. Eu, talvez emocionalmente o mais boiola dos 5 (o didi é o mais boiola nos outros quisitos), fiquei muito saudosista quando ontem de noite, lendo blogs no computador, despretenciosamente, fui parar em nosso antigo blog. Inúmeras gargalhadas ao reler cada post, lembrar de cada situação, cada sensação, cada caso vivido na época. E como nossa amizade foi boa em todos estes anos de Viçosa! E se mantem boa, mesmo morando em 4 cidades diferentes. Muitas historiais foram vividas e não contadas. Já que o papel do historiador é contar história, resgatar a memória, estamos aqui de volta pra desempenhar isso, sem linguagem burocrática, acadêmica. Sem orientador pra amputar nossa veia literária e criativa. Podendo cometer erros de ortografia a vontade.
Isso aí Panela! Estamos de volta à ativa!
Saudações.

"Prepara uma avenida/que a gente vai passar"

finalmente, após anos na ausência para nossos espectadores (uma meia dúzia de pessoas que a gente cobrava como leitura obrigatória) nosso blog vai voltar como mais um meio de expressarmos nossas idéias e impressões sobre a vida. não vou me delongar aqui com uma série de piadas baratas. vou sim. estava com saudade desta escrita descompromissada voltada pra gente minha.

como andam as coisas? seria mais interessante pensarmos como andaram as coisas nestes 2 anos e meio de ausência. é difícil definir quem mais mudou durante esse tempo. aparentemente todos tiveram que escolher caminhos distantes. nossas responsabilidades aumentaram e o pior de tudo, em cada esquina de bh, juiz de fora, rio de janeiro ou viçosa a possibilidade de nos encontrarmos é ínfima. sabe quando precisávamos de conversar uns com os outros, seja pra falar daquela tchutchuquinha, seja pra contar como se foi mau na prova do jonas, ou mesmo só pra jogar conversa fora e beber aquela guegueja no bar do leão e sair de lá fedendo a cigarro e outros tóxicos diferenciados sem te-los consumido? isso não existe mais. tal contexto está separado por quilômetros de muito chão, as vezes em estados litorâneos ou em magníficas capitais do interior de nosso estado.
felizmente o meio social serve que serve de condicionante tanto para comportamentos bons, quanto ruins. e da mesma forma que uns de nós já usaram a cantada "fica comigo senão eu pulo daqui", ou chamaram o professor de "metódico" em justificativa para um aumento de nota, já até atravessamos uma cidade histórica em busca da igreja católica específica que um crente se sentiria a vontade, deixamos cair na reta aquele salgado que foi comprado com nosso dinheiro as 10 da noite no dce antes do nosso ensaio do teatro, enfrentamos festas onde nossas nádegas foram expostas para os seguranças e ainda assim nos sentimos satisfeitos. Fomos muito estranhos e um pouquinho da estranheza de cada um acabou passando para os outros do grupo. aí a distância não importa mais. porque como podemos negar que ficamos menos religiosos, mais religiosos e menos religiosos de novo? ou que a safadeza, essa sim e num bom sentido, invadiu a todos em todos os niveis possíveis? agora quem é da panela sabe que é da panela não mais porque anda com fulano ou ciclano, mas porque de alguma forma tem dentro de si uma parte que foi alterada por causa da convivência.
ainda tivemos uma série de agregados. sem sombra de dúvida a panela feminina foi nossa mais fiel companhia. hoje como arroz integral, uso adoçante, corto o cabelo bem baixinho todo mês, não tenho mais camisas gola polo e não tenho mais tanto medo de abraços por causa dessas meninas. e pensar que um de nós uma vez me perguntou porque tanto eu andava com elas. e outros foram importantes: passa essa batata aí, tijolo de furinho, tá bom?, poco não... tudo uma cambada de gente boa que contribuíram muito pra nossa sobrevivência longe de nossos pais e formaram nossa família, grande família, por pelo menos 4 anos.
pra terminar, será feito daqui pra frente, um retrospecto de fatos marcantes, e memoráveis, que ocorreram durante esse hiato do blog. a primeira postagem surgirá no sábado. contribuam com comentários relativos a importantes ausências fotos e coisas que acharem que passou da conta. no mais é isso aí, a vida é assim. cada vez mais complexa porque a gente complica ela.