Recordo de alguns acontecimentos do segundo semestre de 2007. Já faz algum tempo mas algumas coisas foram marcantes. Acho que se pensarmos de diferentes perspectivas, direcionando nosso foco para qualquer um dos indivíduos que compunham nosso círculo de amizade chegamos a conclusão que foi o momento crucial que cada membro da panela se definiu não só enquanto profissional, mas como a pessoa que é hoje.
Claro que traçar a trajetória de cada um ou mesmo do grupo seria válido para entendermos parte dessa metamorfose que toda a humanidade passa durante a vida, no entanto seria chato pra caraleo, então foda-se.
“Cabaret”
Em meio a toda essa confusão as piadas se acumularam. Nosso companheiro calvo ficou cada vez mais refinado nas imitações e na maneira como vivia sua vida de forma caricata, porém original. Quem não se lembra a maneira totalmente própria dele de ir a festas de agroboys acéfalos (perdão pela repetição, agroboys sempre são acéfalos, é um pré requisito da tribo), fazer caridade, ou aproveitar a vida como ele gosta de dizer? Enfim, apesar dos pesares a sua presença sempre foi algo a se notar. Lembro muito bem de uma festa que fomos juntos. Aliás, foram várias e com acontecimentos específicos e “originais”. Houve uma chamada “Cabaret”, cuja temática era a vida em bordéis. Imaginem as vestimentas sugestivas dos que dela participaram? Um desfile de tchutchucas com roupas lascivas, tudo regado a muita Bohemia e doses e mais doses do mais legítimo e autêntico whisk paraguaio. Eu, o calvo e nosso amigo China fomos e de repente nos vimos em meio a pista dançando uma música da tribo dos doidões. Nosso camarada oriental, já muito bem ambientado ao ritmo trance começou a movimentar-se freneticamente e pronunciar palavras que demonstravam sua satisfação com relação ao som pulsante: “Isso aqui é minha vida meu brother.”
Fui como escolta de uma amiga nossa que não devo citar o nome, mas consideremos hipoteticamente que ela estivesse vestida a caráter. Digamos que seus atributos físicos privilegiassem a utilização de saias não tão 'minis'. Felizmente para os marmanjos presentes a ousadia combinada com ingenuidade permitiu que apenas um palmo de tecido descesse da cintura e mau atingisse a metade da suas fartas cochas. Claro, tudo isso hipotético, afinal ela não fez isso. Mas que teria provocado até lágrimas causadas por agonia e felicidade pela dita visão.
Estavam lá também uma loira conhecida nossa e uma morena. A morena especificamente não fez muita coisa além de jogar seu charme sobre um caboco de gola polo dispensando mais comentários, ao passo que a loira, não se sabe detalhadamente o que ela bebeu, mas desembocou em um surto de ânsia de fazer amizades. Ao fim da festa, cercada por amigos que ela conheceu horas antes, negou nossa companhia de retorno a sua casa.
Aparentemente não aprontei muito no Cabaret. Ao menos nada que deva ser lembrado, ou algo que me lembre. Apenas, como toda festa com boa bebida e boas companhias, momentos de encontro com os amigos que ficam em nossa mente e funcionam como máquinas do tempo e nos levam ao passado por meio da memória dos cheiros, sons, texturas, imagens e sabores.
3 comentários:
lembro desse paulo sem a camisa e girando ela no ar. lembro também dele sentado de cabeça baixa numa posição tão engraçada que algumas pessoas tiraram fotos com ele como se fosse uma estátua. e pra terminar essa bagunça saiu carregado da festa. mas isso ele não conta.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Um dos maiores remorcios que tenho na vida foi ter perdido essa festa. Tempos em que viçosa tinha festa de bebida liberada a 12 reais. E era Bohemia heim. Além do legítimo whiski para beber. Para que? Paraguaio.
foi um bom momento mesmo. pode até ser classificado como mítico dentro das nossas histórias.
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