sábado, agosto 28, 2010

O Blog da Panela volta à ativa com uma retrospectiva do vivido mas não publicado. Vamos começar relembrando o primeiro semestre de 2007. Período de consolidação da panela, os 6 primeiros meses daquele ano foram de muitas aventuras alucinantes pra essa turminha do barulho.

Ainda viviamos aquele calendário letivo bizarro, por conta da greve de 2005. O ano de 2007 começou como continuação do período de 2006, com apenas uma pausa de 3 semanas para natal e ano novo, recomeçando a labuta em 15 de janeiro. Nestes 21 dias, um amigo nosso conseguiu arrumar briga numa boate em Didivinópolis, o que lhe rendeu algumas piadas de nossa parte e uma amolação sem precedentes, porque ele resolveu processar o pé rapado que bateu nele. Quando voltou pra Viçosa, terminou o namoro. Aí ele sofreu de amor como nunca dantes, e quem pagou o pato? A panela. Fazer trabalho com ele era complicado. "Não tenho tempo, estou muito ocupado". "Preto vem aqui, preciso reclamar da vida pra alguém". "Oe, me ajuda, me ajuda." Começou a ter medo de um professor, e quando ele sacudia as calças e dizia: "Porque a América LATIIIIIINAAA..." , nosso companheiro se desesperava, saía da sala e falava: "Vem atrás de mim que eu to com pressão psicológica". Tempos difíceis, de longas conversas motivacionais nas 4 pilastras.

Há de se lembrar, a calourada mais fracassada da história (do curso e/ou da existencia humana) aconteceu neste mesmo ano. Tão indigna que não merece nem que prolonguemos o assunto.

Teve tambem a fundação oficial da panela feminina, como um capricho do acaso. Na ocasião do aniversário da Kenia, fizemos uma reunião lá em casa e as meninas acabaram aparecendo por lá. Nunca antes cercado por mulheres bonitas, aquela ocasião foi muito representativa pra panela, chamada agora de panela masculina. Dali em diante, elas passaram a ser grandes companhias pra muitas coisas que faziamos. E grandes amigas.

Foi assim na viagem a Ouro Preto. Naquele semestre, ralamos numa disciplina de prática de ensino de míseros 2 créditos como se não houvesse amanhã (pausa para uma interlocução: uma vez bebi uma long neck antes de ir pra esta aula, os caras sentiram o cheiro exalando no ar e me chamara de alcoolatra). Fizemos uma viagem pra cidade colonial, muito marcante pra todos nós. Primeiro porque o Paulo passou mal pra diabo no busão. Busão que não tinha banheiro e quase fez o Bolívar mijar na garrafa PET. Teve ainda o Didi cantando Something versão zezé di camargo e falando: " aaiii professssora, não to entendendoo" e "Porque América LATIIIIINAAA" (ele ja começava a resignificar o trauma).

Houve ainda a ocasião do "pedaço de bolo" no aniversário do Paulo. A kenia fez uma festinha no alojamento, com direito a chapeuzinho, balão e tudo mais. Todos confraternizando, felizes e contentes, até o Paulo resolver dar o primeiro pedaço de bolo. " Não sei pra quem eu dou o primeiro pedaço...". Uma voz do fundo diz: "Dá pra miiiimmmm!!" A resposta: "Nãooo! Voce perdeu a chance de ter este pedaço há 1 mes atrás!". Depois de muita zoação, o primeiro pedaço de bolo foi pro cara estranho que o aniversariante conheceu no dia da matricula: eu. Fiquei muito emocionado de ser o cara estranho.

O primeiro semestre de 2007 foi de muita bebedeira. As reuniões na vila, embaladas por porções gordurosas tornavam-se frequentes, gerando revoluções intestinais em todo mundo no dia seguinte. E ressaca né, claro. Alguns de nós desbundava ali mesmo, obrigando as donas da casa dividirem uma cama de solteiro.

E por falar em ressaca, um dos maiores vexames do meu tempo de viçosa foi justamente no fim deste período. No tradicional Leão de despedida do semestre, eu, Kenia, Luana e Paulo fomos lá beber algumas. Naquele tempo o Leão ainda vendia Bohemia e Brahma Extra a R$3,00, e tinha musica ao vivo no espaço da frente, fazendo a alegria da galera. Eu, muito empolgado, enxi a cara sentado no giroflex, e quando levantei, o mundo começou a girar. Virei uma cerveja inteira que o paulo tinha acabado de comprar (ele me cobra ela até hoje) e tive que voltar pra casa rebocado.

Era o fechamento com chave de ouro. Mas muita coisa ainda ia acontecer naquele ano. O segundo semestre é a pauta do proximo post. Até lá!

5 comentários:

Paulo Vinicius disse...

de fato ainda me deve a cerveja, essa e outras, mas nem espero receber mais. quanto aos outros incidentes, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidencia. o lucifer é um exelente escritor muito imaginativo,sem nenhuma prova física de nenhum argumento utilizado no post.

Luiz Fernando disse...

Não coloquei porque voce pediu pra não por. haha

GB Silva disse...

Texto muito bom do companheiro Luiz.
Se a panela se consolidou em 2007, é pq 2006 foi seu ano de formação.

Em 2006 já encontrávamos periodicamente para conversas e reuniões informais. Lembra dos luais? E da festinha na republica da vila quando voltou da greve?

Bons tempos, ótimos momentos!

Abraços

Luiz Fernando disse...

Obrigado companheiro Gustavo. Esta chegando a sua vez.

Paulo Vinicius disse...

Da mesma forma que nascemos panela
Ignoramos as origens
Latentes vindas de nossos pais
Mestres da cristandade
Amantes da união dos povos.

[propaganda eleitoral]