Ainda viviamos aquele calendário letivo bizarro, por conta da greve de 2005. O ano de 2007 começou como continuação do período de 2006, com apenas uma pausa de 3 semanas para natal e ano novo, recomeçando a labuta em 15 de janeiro. Nestes 21 dias, um amigo nosso conseguiu arrumar briga numa boate em Didivinópolis, o que lhe rendeu algumas piadas de nossa parte e uma amolação sem precedentes, porque ele resolveu processar o pé rapado que bateu nele. Quando voltou pra Viçosa, terminou o namoro. Aí ele sofreu de amor como nunca dantes, e quem pagou o pato? A panela. Fazer trabalho com ele era complicado. "Não tenho tempo, estou muito ocupado". "Preto vem aqui, preciso reclamar da vida pra alguém". "Oe, me ajuda, me ajuda." Começou a ter medo de um professor, e quando ele sacudia as calças e dizia: "Porque a América LATIIIIIINAAA..." , nosso companheiro se desesperava, saía da sala e falava: "Vem atrás de mim que eu to com pressão psicológica". Tempos difíceis, de longas conversas motivacionais nas 4 pilastras.
Há de se lembrar, a calourada mais fracassada da história (do curso e/ou da existencia humana) aconteceu neste mesmo ano. Tão indigna que não merece nem que prolonguemos o assunto.
Teve tambem a fundação oficial da panela feminina, como um capricho do acaso. Na ocasião do aniversário da Kenia, fizemos uma reunião lá em casa e as meninas acabaram aparecendo por lá. Nunca antes cercado por mulheres bonitas, aquela ocasião foi muito representativa pra panela, chamada agora de panela masculina. Dali em diante, elas passaram a ser grandes companhias pra muitas coisas que faziamos. E grandes amigas.
Foi assim na viagem a Ouro Preto. Naquele semestre, ralamos numa disciplina de prática de ensino de míseros 2 créditos como se não houvesse amanhã (pausa para uma interlocução: uma vez bebi uma long neck antes de ir pra esta aula, os caras sentiram o cheiro exalando no ar e me chamara de alcoolatra). Fizemos uma viagem pra cidade colonial, muito marcante pra todos nós. Primeiro porque o Paulo passou mal pra diabo no busão. Busão que não tinha banheiro e quase fez o Bolívar mijar na garrafa PET. Teve ainda o Didi cantando Something versão zezé di camargo e falando: " aaiii professssora, não to entendendoo" e "Porque América LATIIIIINAAA" (ele ja começava a resignificar o trauma).
Houve ainda a ocasião do "pedaço de bolo" no aniversário do Paulo. A kenia fez uma festinha no alojamento, com direito a chapeuzinho, balão e tudo mais. Todos confraternizando, felizes e contentes, até o Paulo resolver dar o primeiro pedaço de bolo. " Não sei pra quem eu dou o primeiro pedaço...". Uma voz do fundo diz: "Dá pra miiiimmmm!!" A resposta: "Nãooo! Voce perdeu a chance de ter este pedaço há 1 mes atrás!". Depois de muita zoação, o primeiro pedaço de bolo foi pro cara estranho que o aniversariante conheceu no dia da matricula: eu. Fiquei muito emocionado de ser o cara estranho.
O primeiro semestre de 2007 foi de muita bebedeira. As reuniões na vila, embaladas por porções gordurosas tornavam-se frequentes, gerando revoluções intestinais em todo mundo no dia seguinte. E ressaca né, claro. Alguns de nós desbundava ali mesmo, obrigando as donas da casa dividirem uma cama de solteiro.
E por falar em ressaca, um dos maiores vexames do meu tempo de viçosa foi justamente no fim deste período. No tradicional Leão de despedida do semestre, eu, Kenia, Luana e Paulo fomos lá beber algumas. Naquele tempo o Leão ainda vendia Bohemia e Brahma Extra a R$3,00, e tinha musica ao vivo no espaço da frente, fazendo a alegria da galera. Eu, muito empolgado, enxi a cara sentado no giroflex, e quando levantei, o mundo começou a girar. Virei uma cerveja inteira que o paulo tinha acabado de comprar (ele me cobra ela até hoje) e tive que voltar pra casa rebocado.
Era o fechamento com chave de ouro. Mas muita coisa ainda ia acontecer naquele ano. O segundo semestre é a pauta do proximo post. Até lá!
5 comentários:
de fato ainda me deve a cerveja, essa e outras, mas nem espero receber mais. quanto aos outros incidentes, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidencia. o lucifer é um exelente escritor muito imaginativo,sem nenhuma prova física de nenhum argumento utilizado no post.
Não coloquei porque voce pediu pra não por. haha
Texto muito bom do companheiro Luiz.
Se a panela se consolidou em 2007, é pq 2006 foi seu ano de formação.
Em 2006 já encontrávamos periodicamente para conversas e reuniões informais. Lembra dos luais? E da festinha na republica da vila quando voltou da greve?
Bons tempos, ótimos momentos!
Abraços
Obrigado companheiro Gustavo. Esta chegando a sua vez.
Da mesma forma que nascemos panela
Ignoramos as origens
Latentes vindas de nossos pais
Mestres da cristandade
Amantes da união dos povos.
[propaganda eleitoral]
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