quarta-feira, outubro 05, 2011

O episódio da “FESTA DO CARBOIDRATO”

Era uma vez, numa galáxia muito muito distante... carboidrato

Duas garotas com vontade de realizar festas badaladas. Queriam que seus nomes fossem ligados aos movimentos de consumo de bebidas alcoólicas, curtição e outras adjacências mais. Como primeira empreitada pensaram: “Por que não cachorro quente?” Todo mundo gosta de cachorro quente. Eu gosto de cachorro quente. Mas nem sempre essa é uma boa escolha para a “agitação”. Chamaram várias pessoas. Lembro-me ainda hoje como uma delas rabiscou no verso de um texto o mapa de como chegar na casa das duas. Era ao final do balaustre – nem sabia o que diabos era esse tal de balaustre – em cima de um supermercado. Atravessei Viçosa esperando algum consumo exagerado de cerveja e, quem sabe algumas coisas mais que a vida universitária é capaz de oferecer.

Peço desculpas as pessoas que estavam presentes neste evento, mas não lembro da presença de quase ninguém. Acho que é porque uma meia dúzia de gatos pingados apareceu por lá. E a exitante programação era: cachorro quente. Quem diabos já na universidade inventa de fazer cachorro quente numa república e chamar isso de festa? A quantidade de pães e salsichas superava, e muito, as necessidades dos presentes. Havia uma disparidade grande entre a quantidade de homens e mulheres. As duas únicas representantes do sexo feminino eram as anfitriãs. O ambiente cheirava a cueca, loção pós-barba e carne processada e temperada excessivamente com sal. Ninguém ficou bêbado. E cada um dos presentes teve que consumir uma cota mínima de 5 pães com salsicha. Ainda hoje lembro do terror psicológico perpetrado pelas garotas. Ou comíamos, ou tínhamos a impressão de que a coisa ia ficar feia pro nosso lado. Tornou-se uma questão de honra para as duas que toda a obra culinária de qualidade duvidosa fosse consumida naquela noite. Toda conversa terminava com a mesma frase.

Nele mesmo esse acontecimento nem é tão fantástico. Agora, ao avançarmos no tempo, percebemos o quanto as coisas mudam. Depois desta, mais de uma dezena de vezes ocorreram reuniões na casa das duas beldades. Como todo mundo sabe, as coisas ocorreram de forma bem diferente. Compareci em quase todas as outras ocasiões. Lembro inclusive de um amigo me indagando o por que de ficar indo na casa “dessas meninas”. Hoje ele também é amigo delas.

Como estudantes de histórias acumulamos muitas memórias. Essa é uma das quais guardo com maior carinho. Foi a primeira vez depois de botar os pés em Viçosa que alguém me chamou para uma festa. Muito diferente do que possa parecer gostei da experiência. Qualquer coisa que acontecesse já seria novidade o bastante pra que eu não esquecesse.

2 comentários:

Luiz Fernando disse...

Muito bom. Seus melhores textos são de abordagem irônica e cunho emotivo no final, como este. A festa do carboidrato foi em 2005 né?

Talita Sauer disse...

hauhauaauh nós eramos calouras .... faziamos reunioezinhas c comida .. pra socializar c nossos novos amigos e como boas anfitriãs, entupi=los de comida!!! os anos passaram q as bebidas tornaram--se o ponto alto dos encontros, mas tenho sdd desse primeiro ano de jantares inocentes