Tá ok Gustavo. Vou fazer uma postagem então, mas não vai ser tão grande quanto a sua pois acho esta uma discussão extremamente aborrecida. Eu acho que como historiador jamais me concentrarei neste tipo de discussão, pois acho que são muito desgastantes, mas vamos lá.
O ataque a pós-modernidade está preso à um ponto e não à todos, só que vocês (você e o Luiz) luizionaram e o espandiram à todos. Não foi uma crítica à arte pós-moderna por exemplo, que eu particularmente, MINHA OPINIÃO, não gosto pois a sua vontade de chocar acaba, na MINHA CONCEPÇÃO, lhe tirando o sentido. Acho que não tem nada a ver um cara pendurar um fusca por 5 cabos de aço no teto. Qualquer lixo hoje pode ser chamado de obra de arte.
Mas o ataque está ligado à algo que se aplica inclusive à arte. A retirada que a pós-modernidade faz do sentido das coisas. E não adianta falar que é porque ela abre espaço pra que cada um reinvente o seu sentido, determinadas coisas são feitas para terem sentido. A nossa vida foi feita para ter sentido, segundo a moral crsitã que adoto o homem não vem a Terra pra fazer uma escultura de chocolate de 50 metros no formato de fezes, mas para ser um instrumento de Deus no mundo, e isso significa trabalhar e por sentido nas coisas que faz.
E a humanidade sempre deu um sentido à História, ofício que escolhi pra mim. Mesmo os povos que não tem escrita preservam sua memória, pois sabem que o passado pode lhe auxiliar numa questão do presente. Teve enchente há 300 anos atrás e nossos antepassados resolveram dá seguinte forma. Agora tem outra. Vamos avaliar esta forma e ver se é possível fazer uma melhor? Pois é. Isso pra mim é fazer história, o passado está auxiliando a resolver uma questão presente.
Mas o Gustavo na sua síndrome de progresso que acaba por condenar a minha concepção e a do Paulo de História dizendo que ela se encontra ultrapassada e que a dele está mais evoluída usando o termo magistra vita apenas para colocá-la como algo em desuso deve achar que História só tem a ver com questões de governo e econômicas de grande porte que são imprevissíveis e não dependem do passado para tomar novos rumos. Aí que divirjo mais uma vez. Até pra resolver uma questão deste porte a História pode, e deve, ser usada. Já pensou se o homem se esquece que houve uma quebra da bolsa em 1929 e começa a produzir sem se preocupar com os indíces de consumo? Pois é, mas os alunos de qualquer curso vagabundo de economia tem aulas sobre a crise de 1929 e dificilmente o mundo passará por situação semelhante, a não ser que se esqueça da lição que este evento deixou.
Mas isso é economia. Vamos pra política então. Se o seu querido Lula resolve baixar um ato institucional contra a imprensa é bem possível que muitos caiam na onda. Sabe quem não vai? Quem sabe os efeitos que a censura provoca em uma socidade como o desenvolvimento da corrupção ( Se bem que será que o governo democrático do Lula rouba menos que a ditadura?) muitas vezes não viveu esta situação, mas olhou pro passado e aprendeu.
Pois é. Infelizmente a pós-modernidade vem dizer que as coisas não precisam mais de um sentido definido, dê o sentido que você quiser o homem tem se alienado. Sabe o que a pós-modernidade produz? Emos. Criaturas que querem um MP3 player, um adidas, uma guitarra, beijam quem der na telha e depois escrevem músicas sobre crise existencial, a vida deles não tem sentido pois buscam dar o sentido que lhes dá na telha, o problema é que a mídia quem alimenta este sentido fútil que acaba por ser uma total falta de sentido. A pós-modernidade alimenta o consumismo e o individualismo além de matar o espírito crítico e é triste ver historiadores dizendo que seu ofício vai ter o sentido que ele quer. Não. O historiador
tem um compromisso social, a sociedade ainda não é toda pós-moderna e espera determinadas coisas dos grupos que à compõe. Do historiador esperam que ele ajude a desenvolver a criticidade das pessoas e participem dos debates sobre o futuro do país. Infelizmente a pós-modernidade diz que o Thiago Lacerda deve ter o mesmo peso que um historiador de gerações ao dizer sobre uma questão do país. Uma questão que o historiador passa horas pensando e que só vem a cabeça do ator quando lhe é perguntado para logo depois sair. Isto é fazer uma sociedade ser medíocre. Uma sociedade que quer melhorar busca debates sérios, não chama qualquer um pra discutir as questões sociais, mas sim as pessoas que estudam o homem, inclusive o historiador que o pensa ao longo do tempo. Ele pode se alienar sim, como um médico pode viver a vida toda construindo siliconadas pra programas de Tv. A nossa sociedade individualiza as questões mesmo e o mais cômodo é aceitá-la assim. É negar pra sociedade o que ela espera que façamos, mas cada um com sua consciência. Não é isso que a sociedade pós-moderna diz?
8 comentários:
VIVA AS SILICONADAS!!!
Bom, percebo que essa questão é irresolvível. A unica coisa que vc fez no seu texto foi ressaltar as contradições das suas idéias.
"Vamos avaliar esta forma e ver se é possível fazer uma melhor? Pois é. Isso pra mim é fazer história, o passado está auxiliando a resolver UMA questão presente." (CASTRO, João H. F. de)
Exatamente isso que falei João. Quando vc procura o passado apenas para resolver questões do presente, a tendência é a busca de fatos "relevantes". Portanto, isso exclui questões distantes da realidade atual, pois estas não têm ligação conosco. Engraçado. Pra vc, cada questão do presente existe uma do passado!
Era isso que os iluministas faziam. Por isso não estudavam a idade média, uma vez que esta estava mais distante deles que a antigüidade.
Vc é o paulo são neoiluministas cristãos.
Viva o progresso!
Viva o cristianismo!
Viva o presente que se projeta sobre o passado!
Viva o João!!!!!!
Sábias palavras:
"VIVA AS SILICONADAS!!!" (SANTANA, Paulo vinicius Silva de. Blog da panela, 28/11/2006)
Em que momento eu falei que determinadas questões têm mais peso para o presente que outras? Não existe uma época mais similar que a nossa, mais adequada para se lançar questões que sirvam ao presente. A uma coisa que se encontra em qualquer época. O homem. Entender as formas com que ele lida com as suas questões, independente da época, é uma forma de se pensar o homem atual, a sociedade também, pois essa nada mais é do que uma organização humana. Você que está sendo iluminista dizendo que ao se pensar assim deve-se excluir o estudo de "sociedades distantes". Em momento algum disse que isso não vai ter utilidade. Tudo depende do que se busca entender.
... Olha Jão, vc sabe que eu concordo em muitas coisas que vc diz a respeito do Homem hoje, se não eu não produziria um texto tão panfletário daqueles no meu blog. Acho que o problema maior é a perda de valores que o CAPITALISMO leva, não necessariamente a pós modernidade. Mas o que não consigo aceitar é aquilo que o Gustavo apontou: Para voce, cada ação do presente existe algo análogo no passado! Cara, de merda de circularidade histórica é essa?! Não consigo enxergar isso mano. Pra mim a História é caótica. Cada acontecimento tem uma lógica própria! Existem lições que possamos aprender sim, mas isso é PESSOAL cara! Não devemos ser tarados pelo passado a fim de evitar desgrasças do nosso tempo, truta! João: É IMPOSSIVEL FAZERMOS ISSO CARA. Voce enjaula demais o ofício do historiador. Fico triste ao ver que alguem do seu intelecto acredita na história magistravita e prega a uma lógica humana...Esta simplesmente não existe.
Dalhe meu grande ator e amigo Luiz!
Onde eu falei isso Luiz? Você bebeu? Já não bastava o Gustavo por palavras na minha boca agora é você. Eu nunca disse que o presente tem um equivalente no passado. Eu falo que estudar o passado é um exercício para compreender as sociedades humanas presentes e poder rever os caminhos que se toma no presente, SEM SABER OS RESULTADOS FUTUROS. É enxergar um leque maior de possibilades, nada se repete, mas isso não quer dizer que o passado não ensina. Não ponha mais palavras na minha boca.
"Mesmo os povos que não tem escrita preservam sua memória, pois sabem que o passado pode lhe auxiliar numa questão do presente. Teve enchente há 300 anos atrás e nossos antepassados resolveram dá seguinte forma. Agora tem outra. Vamos avaliar esta forma e ver se é possível fazer uma melhor? Pois é. Isso pra mim é fazer história, o passado está auxiliando a resolver uma questão presente."
"Até pra resolver uma questão deste porte a História pode, e deve, ser usada. Já pensou se o homem se esquece que houve uma quebra da bolsa em 1929 e começa a produzir sem se preocupar com os indíces de consumo?"
ISSO BASTA, João Iluminista Marxista Henrique Positivista Magistravita Castro.
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