terça-feira, fevereiro 22, 2011

Meu melhor amigo vai se casar.

Confusão demais pra minha cabeça, ainda mais pra quem conhece as aventuras e desventuras amorosas deste cara. Não, eu não vou encarnar a Julia Roberts no filme "O casamento do Meu Melhor Amigo" e querer roubar o noivo. Até porque meu nível de boiolagem não permite. Mesmo assim, ele representa muito pra mim, e acho que tentar ordenar as idéias em um texto, pode me ajudar a entender melhor as coisas.

Tudo poderia ter começado de onde não começou. Reprovados no vestibular 2005 da UFJF, ficou reservado a nós um encontro em um cenário muito mais propício para a vida universitária: Viçosa e a UFV. Estavamos lá, dia 28 de fevereiro de 2005, dividindo a mesma sala de aula, a mesma tinta e mesmo trote. Durante as aulas, graças aos seus pitacos, era visto por mim como um cara interessado e dedicado ao curso. Rapidamente ficamos amigos. Logo veio a greve de 6 meses. Com a volta das aulas, começamos a descobrir nossas afinidades. O primeiro evento que fomos juntos foi o festival de cinema da UFV, em janeiro de 2006. Logo começaríamos a congregar novos camaradas. Começamos a andar com a Kênia, com o Paulo, com o Didi e com o João. Era o embrião da Panela, entidade que este blog congrega. Em julho, nosso primeiro evento acadêmico juntos: Anpuh em São João Del Rey. No ônibus, ouvindo Beatles, ele me perguntou: “porque não conheci isso antes cara?!” Começava ali uma grande parceria de troca musical. As 7 da manhã, tentando acordar no frio inverno sanjoanense (“O Gu, to com frio”), tirei uma foto dele roncando com a boca escancarada. Pela que ele apagou. Seria uma preciosidade essa foto nos dias de hoje. Em agosto, nossa primeira festa juntos na UFV: a inesquecível Flash Back, (preciosidade essa foto) e a primeira vez (das centenas de milhares) que vimos o Hocus Pocus tocar.

Rolaria ainda muitas festas bregas, muitas festas na vila e na minha casa, muitas mesas de bares. Isso etílicamente falando. Fora os trabalhos, seminários, congressos, jogos de futebol, vídeo-debates, show na UFV, RUs, e muitas, muitas confissões amorosas, familiares, panelísticas, futebolisticas, estudantis. 5 anos vividos tendo ele como um irmão, como a pessoa quem eu ouviria e falaria de tudo. E como sinto falta disso.

A mensagem mais antiga que tenho registrada no meu celular é do natal de 2008. O texto por ele escrito era o primeiro passo para o que vai se realizar em breve. Fui testemunha privilegiada do que aconteceu de maior na vida deste cara. E conhecer ele sem dúvida foi uma das maiores coisas que aconteceu na minha. Pra completar, enquanto esboçava este texto, fui convidado pra ser o padrinho do matrimônio. Ou seja, continuarei a ser testemunho da história, agora a nível ofícial. Emoção pra ser guardada pelo resto da vida.

Te amo meu irmão. Te desejo a maior felicidade do mundo, sempre. Obrigado por tudo.